A utilização de senha ou palavra-passe, derivada do inglês (password), sempre foi uma prática comum para proteger informações, e mais antiga do que muitos pensam, com relatos registrados do seu uso, no início do domínio do império romano A.C.
Até os anos 90, o uso de senha pelas pessoas era comum apenas para acessar as contas bancárias, mas em meados a década surgem também os e-mails, período onde a internet deixa de ser uso apenas de grandes empresas e começa a entrar nos lares.
A partir de então, com a popularização dos PC’s e o avanço da tecnologia digital, mais e mais softwares foram surgindo, e exigindo também mais senhas de seus usuários.
Mesmo naquela época, já era grande o número de senhas que as pessoas precisavam, não apenas mais para bancos, mas para e-mails, acesso à sistemas, softwares, além dos primeiros chats de bate-papo, como o ICQ que surgiu em 1996.
Mas a explosão das senhas aconteceu mesmo foi com o surgimento dos smartphones, que vinham providos de aplicativos, que na sua grande maioria, exigem login e senhas para cadastro e acesso.
A simplificação da senha
Este resumo histórico que fizemos, mostra como surgiu o problema da simplificação da senha, tendo como motivo principal, o grande número de App’s e softwares que demandam este recurso.
E por se tratar de um código que também precisa ser protegido, muitas vezes os usuários não anotam suas senhas, e por contarem apenas com a memória, acabam esquecendo delas na hora que mais precisam.
Este problema, leva a outro problema, que é a repetição da mesma senha para várias aplicações, ou a utilização de senhas simples como datas de aniversários, sequências numéricas como (123456), além do uso da própria palavra “senha”, como senha.
Estes são apenas alguns dos muitos exemplos da simplicidade das senhas, que as pessoas têm usado para não precisarem guardar tantas sequências numéricas e letras, para tantos locais diferentes.
Consequência de uma senha fraca
Hoje, todas plataformas digitais precisam oferecer segurança para seus usuários, e como consequência da falta de senhas mais fortes, muitos sistemas acabam ficando mais vulneráveis a ataques cibernéticos, pela simplicidade das senhas utilizadas.
Segundo um estudo de 2020 da empresa de segurança Nordpass, as pessoas utilizam senhas tão simples, que o software dos hackers consegue quebrá-las com menos de um segundo após darem o comando.
Mesmo com as recomendações de construção de uma senha forte pelas plataformas no ato da criação de uma conta, as pessoas acabam optando por senhas que faça sentido para elas poderem se lembrar, e sempre utilizam números que fazem parte de documentos, entre outros.
A Nordpass disse ainda que os softwares desenvolvidos por criminosos especialistas nestes tipos de delitos, são capazes de descobrirem quantas vezes uma determinada ordem numérica ou senha foi exposta, usada e quanto tempo seria necessário para quebrá-la.
Consequências do roubo de dados dos usuários
Os ataques cibernéticos acontecem pelos mais variados motivos, mas sempre com interesses financeiros, que inclusive, fazem dos dados itens preciosos conforme o destino ou propósito pelo qual foram obtidos, sendo utilizados como moeda de troca pelos criminosos.
As implicações dos roubos de dados e vazamentos podem ter as mais diferentes consequências, dependendo da organização, do tipo de informação e a quem ela pertence.
Independente do tipo de informação, organização ou da pessoa que teve os dados roubados, este fato demonstra fragilidade e negligência da organização, quanto a segurança de seus sistemas para proteção de seus clientes, que além das perdas financeiras e quedas na Bolsa, podem depreciar a imagem da organização na sociedade e no mercado.
Como prevenir contra essa situação
Uma reflexão rápida sobre esta questão, é que o criminoso que está querendo obter acesso a alguma informação pessoal sua ou da empresa, com certeza já possui em mãos informações básicas sobre você ou da instituição, como: endereço, CPF, CNPJ, data de nascimento e demais documentos, portanto nunca utilize estas combinações.
As senhas podem ser construídas de forma que fiquem mais difíceis de serem quebradas. Uma das primeiras dicas é usar um código extenso que combine números com letras maiúsculas e minúsculas, e caracteres.
Outro alerta é que a combinação deste código, não seja utilizada com frequência ou em outra senha, mesmo que dê acesso a outro sistema. Em resumo, a complexidade da senha ajuda na proteção.
Senhas seguras exigem tempo
Criar senhas seguras exige um esforço, mas que dentro das implicações que podem surgir com a quebra de senhas fracas, vale a pena o tempo dedicado para ter um acesso com maior segurança.
Ativar a verificação em duas etapas é um destes trabalhos que muitos tentam evitar, mas que vale a pena. Esta função quando ativada, exige um fator extra, em geral, um código enviado como mensagem de texto para o smartphone do usuário ou para seu e-mail.
Após acessar este código, ele é adicionado juntamente com as informações de login e senha que são exigidas na página de acesso.
Soluções disponíveis
Para ajudar ou facilitar quem tem problemas com memorização das senhas e até como forma de socorrer quem perdeu a anotação do código, existem os gerenciadores de senhas.
Os gerenciadores de senhas armazenam vários códigos e facilitam a vida de quem possui muitas senhas, principalmente as complexas, evitando stress na hora de utilizá-las.
Existem vários desenvolvedores destes aplicativos, mas todos funcionam da mesma forma: um aplicativo que acessa as contas automaticamente, fornecendo a senha para aquela página, que teve o código previamente armazenado, fornecendo a senha toda vez que precisar ser acessada.
Equipe de comunicação Inforrede