Lições começam a serem tiradas da falha cibernética global que aconteceu em julho de 2024, que afetou milhares de empresas por todo mundo.
A falha promoveu uma espécie de apagão dos computadores, causada por alguns códigos incorretos feitos para uma nova atualização dos sistemas que utilizam o Azure da Microsoft.
Na ocasião, a falha cibernética global foi capaz de cancelar mais de cinco mil voos, deixar emissoras de TV fora do ar e sistemas bancários inoperantes, causando prejuízos que podem alcançar 1 bilhão de dólares.
Diante de tamanho prejuízo causado por uma pequena linha de código incorreta, especialistas em todo o mundo se uniram para trabalhar no caso, para evitar que futuros problemas como este aconteçam novamente.
Segundo eles, embora a falha tenha sido um evento isolado, ela mostra a capacidade que um problema pode alcançar de forma sistêmica, causada pela subestimação na cibersegurança e nas atualizações, afirmando que o impacto financeiro é apenas a ponta do Iceberg.
De acordo com especialistas, o problema foi provocado antes de tudo pela falta de governança, principalmente por não ter validado a atualização em outros sistemas operacionais de teste, antes de liberá-la.
Por este motivo também afirmam que a falha cibernética global deve ser classificada também como incidente de segurança, por impactar a disponibilidade das organizações, que é uma das três bases da segurança da informação.
Neste sentido, o incidente desperta a atenção quanto à qualidade das atualizações que são liberadas, alertando que elas devem ser extremamente testadas, para que sejam identificadas e mitigadas eventuais falhas.
Embora o Brasil não tenha sido tão afetado pelo apagão cibernético, já que por aqui muitas empresas têm preferência pelo sistema de código aberto Linux, evitando o alto custo do software da CrowdStrike, isso não significa que estas empresas estejam isentas de passarem pelo mesmo problema no futuro.
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Por Alexandre Alves
Equipe de comunicação Inforrede