Inventada há mais de 50 anos, a fibra óptica é capaz de transportar dados na velocidade da luz.
Em 1870, o físico inglês Jonh Tyndall provou para uma plateia de incrédulos que a luz não era algo “indobrável”, retilínea e constante até a eternidade, como era pensado por todos até aquele ano. John quebrou um paradigma ao demonstrar o princípio de guiamento de luz, através de uma experiência muito simples: com uma lanterna dentro de um recipiente opaco furado e com água, ele provou que a luz podia, sim, fazer curvas. O conhecimento, de tão avançado à época, de nada serviu, e só voltou a aparecer 100 anos depois.
Foi quando o físico Narinder Singh Kapany começou a estudar, em seu dourado em ótica, sobre as singularidades da reflexão total interna. Ele buscava um material que tivesse o menor índice de refração para, assim, conseguir algo que funcionasse como um espelho. Quanto maior a diferença entre os índices de refração, menor o ângulo limite, dessa forma, toda luz que entrasse seria refletida em todos os ângulos possíveis. Mas ele precisava aprisionar a luz dentro desse material, para que ela só saísse na outra extremidade, independente do formato do tubo. Então a luz agiria da mesma forma sempre, com milhares de reflexões sucessivas. Pronto, estava formulada a teoria que resultaria na nossa internet.
Com as fibras de vidro, que já vinham sendo usadas como isolante térmico desde o século XVIII, e os outros materiais readaptados até chegar nas dimensões de um fio de cabelo e no estágio perfeito, Narander Kapany cunhou a expressão fibra óptica e patenteou a invenção. Mas ele só enxergava sua criação com utilidade para o campo da medicina.
Foi então que o físico chinês Charles Kao teve a ideia de usar as fibras ópticas para a transmissão de chamadas telefônicas. Ele conseguiu provar que os recém-inventados cabos de fibras ópticas, embora muito menores que os cabos convencionais, tinham uma capacidade enorme de transmitir dados, tanto de voz quanto de televisão, computador, internet, e que custaria muito menos.
Produzida desde os anos 60, a primeira rede telefônica com esta tecnologia foi inaugurada em 1973, nos EUA, e desde então começou a se disseminar. Três anos depois veio o primeiro link de TV a cabo, no Reino Unido, e em 1988 o primeiro cabo oceânico foi instalado, dado início à era da supervelocidade da informação. O cabo intercontinental tinha capacidade para 40 mil conversas telefônicas simultâneas, usando tecnologia digital. Atualmente, os cabos submarinos têm capacidade para 200 milhões de circuitos telefônicos.
Tecnologias como WDM (CWDM e DWDM) fazem a multiplexação (transmitir várias comunicações diferentes ao mesmo tempo, através de um único canal físico) de vários comprimentos de onda em um único pulso de luz, chegando à taxas de transmissão de 1,6 Terabits por segundo em um único par de fibras. Sem esses cabos pelo oceano a fora, você não se comunicaria com pessoas de outro país ou continente e a nossa comunicação seria restrita a uma área física muito pequena, em comparação ao alcance da fibra ótica.
A capacidade da Fibra Óptica de viajar na velocidade da luz torna os tráfegos de dados muito mais eficientes para qualquer empresa.
Fonte: Oficina da Net