Há alguns meses, notícias de que algumas das mais famosas Big Techs, empresas de tecnologia de ponta, tem demitido milhares de funcionários em todo o mundo, vem causando grande espanto.
Segundo um levantamento realizado, as demissões passam dos 150 mil funcionários em diversos países, de empresas consolidadas como: Google, Microsoft, AWS, Facebook, Twitter, dentre outras, que juntas, somam mais de 50 mil demissões.
Para se ter uma ideia, apenas a Amazon despediu 18 mil empregados, cerca de 10.000 trabalhadores no final de 2022, e mais 8 mil em 2023. As demissões incluem trabalhadores nos EUA, no Canadá e na Costa Rica. Foi o maior corte de pessoal da história da empresa, e do setor de tecnologia.
Mas, afinal, o que está acontecendo com estas empresas, uma vez que o setor de TI anda com escassez de mão de obra de diversas especialidades?
Com a divulgação destas notícias, muitas especulações surgiram no meio de empresários e da sociedade, dando a impressão de que estas empresas poderiam estar passando por crises financeiras e até prestes a quebrar.
Segundo o estudo da 365 Data Science, um portal especialista em análises e ciência de dados americano, constatou que o contexto pandêmico exigiu que muitas empresas contratassem mais funcionários para suprir a demanda necessária naquele momento.
Por este motivo também, muitas Big techs aumentaram seus quadros com novos funcionários, que inclusive, foram contratados com salários que estavam acima da média dos anos anteriores, obrigando estas empresas a equiparar o salário de todo o quadro de funcionários.
A explicação para a grande quantidade de demissões, é que com o mercado voltando aos poucos para as suas atividades normais após dois anos, muitas empresas, incluindo as big techs, deixaram de contratar e começaram a demitir cerca de 6% de seus quadros em todo o mundo.
Esta explicação corrobora com o que disse o CEO da Alfabet, empresa gestora da Google, após demitir 12.000 funcionários, que a empresa estaria se redimensionando depois de aumentar rapidamente o número de colaboradores nos últimos anos, para uma realidade econômica diferente daquela que enfrentamos hoje.
Ao que tudo indica as demissões são sim para um ajuste financeiro, o que não quer dizer que estas empresas estariam com problemas, apenas se reprogramando segundo a nova realidade econômica mundial.
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Por Alexandre Alves
Equipe de comunicação Inforrede
